14/05/1982 – Jornal do Brasil, RJ – Biagi diz que Proálcool será apenas substituto parcial para gasolina
São Paulo - Depois de considerar que as perspectivas de vitória do Programa Nacional do Álcool foi “mínimas e nos deixam assustados”, o vice-presidente do Grupo Zanini de Açúcar e Álcool, Luiz Lacerda Biagi, garantiu que o Proálcool não será “a salvação do Brasil em termos energéticos, mas apenas um substituto parcial da gasolina e do diesel, ou seja funcionara como um mecanismo de segurança para o país”.
O grande problema, para o usineiro, é a situação das multinacionais do setor automobilístico, que “não nos deixa fazer nada”. A saída seria a abertura das importações, pois considera que a tendência da economia brasileira é “internacionalizar-se”.
Incompetência:
Luiz Biagi, que ontem participou do encontro Avaliação Econômica e Social do Proálcool, na Federação do Comércio do Estado, observou que, embora o Governo tenha utilizado o programa “para manter sua credibilidade no exterior, o setor continua sem grandes perspectivas e as poucas chances de vitória que ainda há estão sendo derrubadas”. Biagi lembrou que esta semana o Governo liberou as importações de todos os equipamentos utilizados para a produção de álcool.
A liberação foi considerada mais um fator impeditivo para o “deslanche do programa”, apesar de ser favorável à total liberação das importações.
Produção:
Brasilia – A produção de álcool anidro na Região Centro Sul, na atual safra, estimada em 3 bilhões 200 milhões de litros, será suficiente para atender aos 20% de mistura à gasolina a partir de junho, informou o secretário executivo da CNE, professor Celestino Rodrigues.
Ontem no Palácio do Planalto, o Presidente Aureliano Chaves presidiu reunião do subgrupo do álcool da CNE, quando foram discutidas formas para o melhor escoamento da produção de álcool do Centro Sul